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Sinopse por: Luís Nogueira Excerto do texto: "Sem querer atrair para esta exposição a clivagem discursiva sobre o pós-moderno, a verdade é que a indução narrativa criada pela linha que une cosmogonias e escatalogias - no fundo, as balizas émicas fulcrais da nossa cultura euro-ocidental - parece ter entrado num momento histórico de franca crise. Numa altura em que os referentes da modernidade se esvairam, as grandes tarefas do mundo parecem ter regresado, de vez, ao agora-aqui do presente, em prejuízo de um taumatúrgico e salvífico futuro. Numa recente entrevista, V. Soromenho Marques (1999:3), autor de uma tese sobre Kant e a racionalidade, identifica essas tarefas como sendo: .a crise ambiental.; a .diluição dos estados sem alternativa no mar da globalização.; .a falta de um efectivo sistema internacional baseado na lei. e, por fim, os próprios .déficites democráticos.. Todas estas tarefas conferem ao tempo - simultaneamente émico e etico - do presente a sua maior prioridade. O que significará este estado de coisas ? Por outras palavras: Em que direcções do continuum temporal estamos, hoje em dia, a prospectar o nosso próprio futuro?"
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