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Sinopse por: Luís Nogueira Como diz o autor, "a semiótica não decreta a verdade de um texto, mas pretende dar conta dos dispositivos que, em último caso, são responsáveis pelos efeitos de verdade. Isto quer dizer que a verdade, nos textos, se diz: é a veri-dicção". E adianta: "O contrato de veridicção implica um posicionamento, um contrato enunciativo, que corresponde a um acordo entre o enunciador e o enunciatário sobre os valores de verdade. E porque o problema da veridicção não é apenas um problema de comunicação, mas algo profundamente ligado à sua organização semântica, paralelamente à encenação retórica da comunicação do saber, teremos de analisar a produção do sistema da verdade, a partir do sistema global do texto". Assim, o autor propõe-se "ilustrar alguns dos elementos teóricos que envolvem a veridicção no discurso", partindo da análise de um texto de Marcelo Caetano sobre a censura. Como avisa, "não será uma análise semiótica acabada, mas apenas a insistência no que releva do uso das categorias da veridicção na análise deste texto".
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