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Sinopse por: Luís Nogueira "Desde a invenção da perspectiva no primeiro quartel do século XV, as artes da imagem nunca mais deixaram de se automatizar. A cada etapa desta automatização, o produtor de imagens vê a sua função amputada, alterada ou deslocada pela técnica, que toma cada vez mais espaço nas operações de figuração. É assim obrigado a redefinir-se constantemente, face à imagem, enquanto sujeito. Duplo sujeito, no entanto: sujeito aparelhado aos processos técnicos, por um lado, assistido mas também mais ou menos disperso e absorvido por eles; sujeito singular, por outro lado, autor, fundador originário, irredutível a qualquer automatismo a que contrapõe aquilo que lhe é próprio - a sua subjectividade. Notemos que, nesta perspectiva, a subjectividade já não aparece como a única expressão do au, da vontade de ser ou de fazer, nem mesmo da consciência ou da afectividade; é definida pela maneira como o autor compõe e negoceia com a face aparelhada do sujeito". É esta a forma como o autor inicia a sua reflexão.
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