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Sinopse por: Luís Nogueira Diz o autor: "A concepção deste livro remonta, pelo menos, a 1979 e à Jackson Knight Memorial Lecture que então proferi na Universidade de Exeter. A publicação de duas breves sinopses, "Le Mythe d’Antigone" de Simone Fraisse e "Storia di Antigone" de Cesare Molinari, tornavam redundante a perspectiva de qualquer abordagem cronológica sistemática do motivo de Antígona nas literaturas do Ocidente. O meu propósito foi, desde o início, situar esse motivo no contexto mais amplo de uma poética da leitura, de um estudo das interacções entre um texto fundamental e as suas interpretações ao longo dos tempos.
Mas a "Antígona" de Sófocles não é um "texto qualquer". É um dos actos duradouros e canónicos no interior da história da nossa consciência filosófica, literária e política. Há no núcleo deste livro uma tentativa ainda incipiente de resposta à questão de sabermos como é possível que um punhado de mitos gregos antigos continue a dominar, a dar forma vital ao nosso sentido de nós próprios e do mundo. Porque são as "Antígonas" tão verdadeiramente eternas e imediatas em relação ao presente?".
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