| Jogos de racionalidade Sinopse por: Luís Nogueira
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Obra: Jogos de racionalidade Autor(a): Manuel Maria Carrilho - Universidade Nova de Lisboa Editora: Asa Colecção: Argumentos Ano publicação: 1994 Ano entrada: 2000-01-01 Número de páginas: 140
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Temáticas: » Filosofia » Retórica
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Sinopse por: Luís Nogueira Diz o autor no prefácio: "Tal como na natureza persistem elementos que sobrevivem à sua utilidade, também na cultura há ideias que, utilizando uma bela expressão de Pessoa, podemos dizer que são como cadáveres adiados que procriam. Esta forte analogia, no seu traço evolucionista e pragmático, revela-se particularmente pertinente na compreensão da situação filosófica contemporânea, que tem sido marcada, desde os finais do século XIX, pelo estigma da crise e, muito particularmente, da crise do sujeito e da razão.
Este livro propõe uma via, não de superação, mas de abandono desta temática crepuscular, afastando decididamente alguns pressupostos em que a modernidade se escorou, nomeadamente dois: o do domínio do mundo por um sujeito transparente a si próprio (como pretenderam Bacon e, sobretudo, Descartes), cognoscível por si mesmo (como sustentou Kant) e o da concepção da razão como uma faculdade soberana e suprema, capaz de suturar as suas fissuras e de ordenar o mundo. Mas este passo, que se apoia numa compreensão crítica hoje pouco controversa da modernidade, não basta. E não basta por causa da lógica de inevitabilidade que internamente ordena esta compreensão e que é também a que, precisamente, se encontra na raiz das concepções que ela pretende criticar. Por isso, a saída da crise - e do imenso parasitismo teórico que a acompanha multiplicando as figuras do impasse e da clausura - só é possível com o abandono da lógica que a produziu; e, muito especialmente, das concepções que fizeram da necessidade a trave-mestra da compreensão do mundo e da universalidade a norma suprema da compreensão do sujeito e da razão".
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Índice: Prefácio:
1. Retórica e racionalidade
Cap. I: Problemas
2. O que é um problema? As abordagens cientista, epistemológica e hermenêutica. A tensão problemática.
Questões e respostas. Problemas e proposições.
3. Problemas, problematizações e problemáticas. A crítica do proposicionalismo e a abordagem interrogativa da problematicidade. Historicidade e contemporaneidade do filosófica.
Cap. II: Argumentações
4. Problematizar e argumentar. O modelo argumentativo de Toulmin. A nova retórica de Perelman
5. A argumentação, o formal e o informal. Os regimes do contexto.
6. A retórica antiga. Jogos finitos e infinitos. O ponto de vista retórico, o auditório e o universal. a argumentação e as analogias jurídicas.
7. A argumentação filosófica: indirecta e cognitiva (Granger). Retórica do apelo e da resposta (Yoos). Um programa de retórica filosófica e os seus equívocos.
Cap. III: Racionalidades
8. A articulação argumentação/racionalidade: da defesa de uma reformulação do criticismo (Apel) à proposta de uma abordagem comunicacional (Habermas).
9. A argumentação e o tropo. O perspectivismo e a retoricidade da linguagem. O literal e o figurado.
10. Validade e inteligibilidade. A conflitualidade filosófica. O problema da incomensurabilidade. As pretensões paradigmáticas da filosofia. Racionalidade e relativismo. Objectividade e solidariedade: a oposiçaõ etnocêntrica.
11. Filosofias sistemáticas e edificantes. O agonismo e o irenismo.
12. Matrizes e jogos de racionalidade. Regras e ideias reguladoras. O pluralismo filosófico. Interrogatividade e pragmatismo: convergências e divergências. Problemas, argumentações e racionalidades.
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