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Sinopse por: Luís Nogueira Conclui-se assim o texto: "É afinal por estar preso a um público cuja participação activa (ainda que indirecta) na escolha dos próprios argumentos, que afinal não faz mais do que traduzir esta origem plebeia do cinema, que o filme americano de 1897 a 1907 cristalizará, por assim dizer, os grandes conflitos estéticos e semiológicos que colocarão em confronto dois modos de representação tão profundamente distintos: por um lado, um modo de representação que se convencionou chamar de primitivo, que acabou por conjugar um conjunto de tradições populares, da pantomina ao circo, da caricatura ao music-hall; por outro, um modo de representação especificamente burguês, saído dos códigos da literatura, da pintura e do teatro, que se irá instalar no seio da instituição cinematográfica no exacto momento em que a classe média americana decide, finalmente, pagar o bilhete à porta do nickelodeon".
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