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Sinopse por: Luís Nogueira Em jeito de introdução, pode ler-se no início do texto: "Sempre que se trata de analisar um texto, o leitor semiótico encontra-se confrontado com um conjunto de elementos figurativos para o qual deve propor uma organização e construir uma forma articulável às estruturas sémio-narrativas. Na experiência aparece toda a importância que é preciso atribuir à componente discursiva na aparelhagem teórica e metodológica da semiótica literária de que frequentemente só se reteve a estrutura narrativa. É certo que os textos que nós lemos narram: eles desenrolam uma intriga e manifestam o seu conteúdo em forma de programas narrativos, de buscas de objectos-valores por sujeitos. Mas pela sua discursividade, os textos enunciam porque a componente discursiva não é somente a roupagem figurativa de posições actanciais reguladas pela gramática narrativa: ela instaura um plano específico de organização figurativa do conteúdo onde se coloca de modo singular a questão da enunciação. Poder-se-ia qualificar de discursiva uma prática da semiótica que toma como apoio, para dar conta da forma do conteúdo num texto, a organização figurativa do discurso. As páginas que se seguem proporão alguns elementos de reflexão sobre o estatuto dos elementos figurativos na análise semiótica dos textos".
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